23 de abril de 2009

Querem saber que banda é a foto que postei no dia 04/04/09?


Querem saber que banda é a foto que postei no dia 04/04/09?
ESCOLA DE ESCANDALO o antigo XXX e, minha banda preferida na época e até hoje. Se tinha uma Banda que merecia alcançar projeção no cenário do Rock Nacional, essa Banda era o Escola de Escândalo.

A primeira formação do XXX foi com por Bernardo Mueller (voz), Geraldo Ribeiro "Geruza" (baixo), Alessandro “Itália para uns, Bambino para outros” (bateria) e Jeová Stemller (guitarra) o grupo XXX, e participaram dos Shows que aconteceram no Teatro ABO, em 1983, junto com a Plebe Rude, Legião Urbana, Capital Inicial, Banda 69, Mantenha Distancia, entre outras pouco lembradas.

Tinha um som mais pesado, muito parecido com os feitos pelas Bandas Punks de São Paulo. Com a saída de Jeová e posteriormente do Itália, o grupo resolveu encerrar os trabalhos da Banda. Nessa época conheceram o Fejão, no qual iriam montar o Escola de Escândalos, mas mantendo grande parte do repertório musical do XXX.

Bom... esse é o começo da história, mas tem muito caminho pela frente. Acho interessante contar uma experiência própria nessa época. O XXX ensaiou algumas vezes na CASA DO Itália que ficava no Lago Sul. No mesmo lugar ensaiava uma Banda que foi chamada de Cólica, formada apenas por mulheres, tinha na Guitarra a Geórgia (irmã do Itália), no Baixo Virgínia e na Bateria Eu... mas essa história fica para uma próxima etapa.
A foto acima já esta com a formação do Escola de Escandalo: Bernardo Mueller (voz), Geraldo "Geruza" Ribeiro (baixo), Luiz "Fejão" Eduardo (guitarra) e Eduardo "Balé" Raggi (bateria)
OBSERVAÇÃO: CLIQUE NO TITULO QUE VOCÊ SERÁ DIRECIONADO AO YOUTUBE PARA ASSISTIR UM VIDEO DE COMPLEXOS NO SHOW DO MIXTO QUENTE NO RIO DE JANEIRO

20 de abril de 2009

BIOGRAFIA DE FRANCISCO DE MENEZES "DIAS DA CRUZ"

VOU COMEÇAR A POSTAR ALGUMAS BIOGRAFIAS DE PESSOAS QUE ADMIRO QUE CONTRIBUIRAM MUITO PARA A HUMANIDADE.
***************************************************************************************
Francisco de Menezes Dias da Cruz, natural da cidade do Rio de Janeiro, filho de antecedente de igual nome (chefe do Partido Liberal no Rio e professor da Faculdade de Medicina) e de D. Rosa de Lima Dias da Cruz, nasceu a 27 de Fevereiro de 1853. Foi professor de Matemática no Colégio Pinheiro, no qual concluíra o curso de humanidades. Era, nessa época, aluno da Escola de Medicina, durante a qual contraiu núpcias com a Exma. Sra. D. Adelaide Pinheiro Dias da Cruz. Ao formar-se em Medicina, perdeu o pai, que havia sido ferido à baioneta na Igreja do Sacramento. Foi bibliotecário durante dez anos da Câmara Municipal, sendo demitido ao ser proclamada a República, sob a falsa imputação de monarquista. Presidiu o Curso Hahnemaniano e o Instituto Hahnemaniano do Brasil.
Possuidor de enorme clínica, o Dr. Dias da Cruz não fugia aos deveres da caridade, dando, assim expansão aos seus sentimentos humanitários. Homem de grande e invulgar cultura, deixou riquíssima biblioteca. Estudioso desde a infância, preocupou-se com a ciência homeopática e, mais tarde, diante de provas irrefutáveis tornou-se espírita dos mais caridosos e evangélicos. É interessante relatar, ainda que superficialmente, a maneira por que se verificou sua conversão. Tendo chegado ao seu conhecimento que o espírito de seu genitor desenvolvia largo programa de caridade, através de médiuns receitistas, decidiu ele, homem austero e cultor da verdade, ir à Federação Espírita Brasileira para observar e apurar quanto de real pudesse haver em torno da informação recebida.
Iniciada a reunião com a prece habitual, passou-se ao estudo doutrinário. Até então nada ocorrera suscetível de lhe permitir aceitar a sessão das manifestações atribuídas ao espírito de seu pai. Já estava propenso a acreditar em mistificação, quando, à mesa que dirigia os trabalhos, um médium demonstrou haver caído em transe. Era, afinal, a tão desejada manifestação que inesperadamente se realizava. Através do médium, o Espírito do primeiro Dr. Dias da Cruz pediu que chamassem seu filho, que ali se encontrava no meio dos assistentes. Surpreso, este se aproximou, incrédulo. A um dado momento, porém, seu genitor disse-lhe:- Você se lembra daquele fato que ocorreu conosco, na praça tal ?
E, a seguir, revelou uma ocorrência só de ambos conhecida, Diante disso, o Doutor Dias da Cruz (filho) sentiu chegada a hora de se render à inelutável evidência. Ninguém o conhecia naquela assembléia e o fato referido pelo espírito era absolutamente desconhecido de toda a sua família, pois somente os dois dele haviam tido o conhecimento.
Percebeu, então, que ao seu caráter íntegro e probo só havia um caminho: aceitar a veracidade da manifestação espirítica de seu genitor. E fê-lo sem constrangimento, com a simpleza natural das almas puras. Pôs-se a estudar o Espiritismo, enfronhou-se na interpretação dos textos doutrinários e passou a ser, daí por diante, um novo e valoroso servidor do Cristo nas fileiras dos seguidores de Kardec.
Em 1885, pronuncia na Federação Espírita Brasileira a sua primeira conferência, e desde então participou de várias comissões importantes de defesa do Espiritismo (1890, 1892 e 1893).
Em 1890, em substituição ao Dr. Bezerra de Menezes, foi, então, o Dr. Francisco de Menezes Dias da Cruz, que anteriormente ocupava a vice-presidência, eleito presidente da Federação Espírita Brasileira, cargo que exerceu com devotamento até os primeiros dias de 1895, quando foi substituído, temporariamente, por Júlio César de Menezes, o “Kardec brasileiro”, seu colega de profissão e amigo.
Sob a sua presidência foram iniciados os trabalhos de socorro material e espiritual da Assistência aos Necessitados, que até hoje constituem o cerne dos serviços cristãos prestados pela Federação Espírita Brasileira . Muitos foram os delicados companheiros que o ajudaram nessa obra grandiosa, mantida e desenvolvida com o maior carinho pela Casa de Ismael, sendo justo salientarmos, de passagem, o nome do confrade Bernardino Cardoso, o qual lhe entregava mensalmente a quantia de um conto de réis. Elevada importância para aqueles tempos (mais de 300 dólares), a fim de que fosse distribuída com os pobres de sua clinica, sob a condição de lhe não revelar o nome.
Em 1896, por proposta de Bezerra de Menezes, e em atenção aos abnegados serviços prestados à Federação Espírita Brasileira, foi Dias da Cruz aclamado presidente honorário da mesma.Dirigiu o Reformador durante o período da sua presidência e escreveu inúmeros artigos doutrinários e de polêmica com assinatura modesta de “ Um espírita “. É também autor do livro “O Professor Lombroso e o Espiritismo “.
Foi quem primeiro tentou, em 1891, adquirir um prédio próprio par a FEB e montar oficina tipográfica para a impressão do “Reformador” e de obras espíritas em geral.
Este segundo Dias da Cruz foi, portanto, vice-presidente e presidente da Federação durante muitos anos, desencarnando na cidade do Rio de Janeiro, em 30 de Setembro de 1937, na avançada idade de 84 anos. Gloriosa ancianidade essa, atingida após proveitoso dispêndio de energias em favor do próximo.
Em 1900, o Dr. Dias da Cruz reorganiza, ressuscita o “Instituto Hahnemaniano do Brasil “, que havia sido criado em 1878 pelo mais afamado médico homeopatia do Império, o Dr. Saturnino Soares de Meireles, seu primeiro presidente. Dias da Cruz alugou no centro da cidade, à rua da Quitanda n.º 59, uma casa para seu consultório, e neste reinstalou o Instituto Hahnemaniano do Brasil. Por Alguns anos os membros do Instituto ali se reuniram, datando dessa época um novo ciclo de grandes atividades e realizações.
Após a morte do Dr. Joaquim Murtinho, subiu à presidência do Instituto, por um ano, o Dr. Teodoro Gomes. Substituiu-o o Dr. Licínio Cardoso, sob a vice-presidência do Dr. Dias da Cruz. Esse foi o período áureo da Homeopatia no Brasil, e frisa um historiador que ao Dr. Dias da Cruz cabe grande parcela das glórias que o Instituto conquistou durante a presidência do Dr. Licínio Cardoso.
Os “Anais de Medicina Homeopática “, cuja publicação fora interrompida em 1884, reapareceram em Janeiro de 1901, devido aos esforços do “mais puro dos homeopatas brasileiros”, o Dr. Dias da Cruz, que arrancou a revista do Instituto do túmulo onde jazia, dando-lhe lugar honroso entre as publicações periódicas sobre Medicina. Dela foi ele redator de 1901 a 1902, e de 1906 a 1910.
Ficou célebre a polêmica (1900-1901) entre o doutor Dias da Cruz e o Dr. Nuno de Andrade, Diretor Geral de Saúde Pública, médico alopata e acirrado inimigo da Homeopatia, o qual acabou por ser exonerado do cargo que ocupava.
Fundada em 1912, a Faculdade Hahnemaniana (posteriormente denominada Escola de Medicina e Cirurgia, com sede atual à rua Frei Caneca), Dias da Cruz colaborou na organização dos programas de ensino do novel estabelecimento, no qual lecionou a cadeira da Farmacologia e, mais tarde, a 1ª cadeira de Matéria Médica, constituindo-se em verdadeiro mestre de toda uma nova geração.
Dias da Cruz foi por muitos anos o orador oficial do Instituto. Sua eloquência e seu saber impressionavam a todos. Quando da inauguração do Hospital Hahnemaniano, em 1916, discursou brilhantemente em nome do Instituto, ante numerosa e ilustrada assistência, presentes Licínio Cardoso, Carlos Maximiliano, Ministro da Justiça, o Barão de Brasílio Machado, Presidente do Conselho Superior do Ensino, o Dr. Paulo de Frontin, Diretor da Escola Politécnica, e representantes do Presidente da República e de Ministérios em geral.
Em 1926, o Dr. Licínio Cardoso pede demissão da presidência do Instituto, sendo eleito, para substituí-lo, o Dr. Fransisco de Menezes Dias da Cruz. Este exerceu o cargo de Presidente efetivo até 29 de Janeiro de 1930. Nesse dia, reunido o Instituto em sessão extraordinária, foi aclamado presidente-perpétuo o Dr. Dias da Cruz, após este haver renunciado, por motivo de saúde, ao cargo de Presidente para o qual acabava de ser reeleito. “Sua aclamação” - escreveu um historiador - “foi um direito conquistado por seu valor mora, sua capacidade intelectual e, sobretudo, por firmeza de suas convicções homeopáticas”.
De 25 a 30 de Setembro de 1926 foi realizado o 1º Congresso Brasileiro de Homeopatia, sob a presidência do Dr. Dias da Cruz.
Propagandista dos mais convictos e autorizados, possuidor de excelente cultura médica, mestre reconhecido pela sua proficiência, com vasta clínica em que abundaram notabilíssimas curas, constituiu ele, por mais um século, “um dos grandes marcos no progresso da Homeopatia no Brasil”. “Não erramos afirmando“- escreveu o Dr. José Emígdio Rodrigues Galhardo - “ser o Dr. Dias da Cruz, entre os homeopatas brasileiros, aquele que maiores e mais perfeitos conhecimentos tem da doutrina hahnemaniana”.
Dizem os seus contemporâneos que o cumprimento do dever era quase que sagrado para o Dr. Dias da Cruz. Como professor, jamais deixou de comparecer à hora certa em suas aulas. Como clínico no Hospital Hahnemaniano, não se fazia esperar pelos doentes .Eis em síntese, a brilhante personalidade daquele que dignificou o Espiritismo e a Homeopatia no Brasil.
WANTUIL, Zêus. Grandes Espíritas do Brasil. FEB, 1ª edição. RJ

Você sabe o que é Passe Espirita?

Emmanuel nos dá a seguinte definição sobre o passe: "o passe é transfusão se energia físico-psíquicas, operação de boa vontade, dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em benefício de outrem”.

Segundo Suely Caldas, no livro Obsessão e Desobsessão, o passe é um ato de amor em sua maior expressão, quando o médium doa ao paciente o que ele tem de melhor, enriquecido com os fluidos trazidos pelo benfeitor espiritual; quando ambos, médium e benfeitor formam uma única vontade e expressam o mesmo sentimento do amor.

Divaldo Franco, no livro Diretrizes de Segurança, compara o passe a uma transfusão de sangue onde a transfusão de energia age sobre o paciente como a transfusão sangüínea.

O passe aplicado nos Centros Espíritas decorre, pois da sintonia entre o médium e os Espíritos Superiores. Para que tal união se estabeleça entre os fluidos desses dois planos, não há necessidade da incorporação mediúnica, contudo o médium há que ter consciência da responsabilidade que lhe cabe no exercício do sacerdócio da mediunidade preparando-se criteriosamente para essa sintonia com o mundo maior, de vez que, “ninguém coloca água pura num copo sujo”.

Há pessoas que têm maior capacidade de absorção e armazenamento das energias que emanam do Fluido Cósmico Universal - onde estamos mergulhados. Tal requisito as coloca em condições de transmitirem esse potencial de energias a outras criaturas que eventualmente dele necessitem.

A aglutinação dessa força se faz automaticamente e também, atendendo aos apelos do passista (através da prece), o qual, municiado com esse aumento de energia, a transmite pela imposição das mãos sobre a cabeça do paciente sem a necessidade de tocar-lhe o corpo, porque a força se projeta de uma para outra aura, estabelecendo, pois, uma verdadeira ponte de ligação; assim sendo, podemos afirmar que a boa vontade, a fé e a verdadeira fraternidade, são requisitos indispensáveis ao passista. Não sendo o fator mediúnico condição essencial do passe.

Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas reconstruções. O passe, como reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam.

O passe, em última análise, é doação de si mesmo, com a ação facilitadora da espiritualidade que conduz o perfume das bênçãos superiores. F quem se faz instrumento de perfume, assimilará por isso mesmo essa flagrância.

14 de abril de 2009

Bipolar Disorder - A Quick Introduction

Esse texto é extremamente importante e interessante. Tenho acompanhado por longo período os avanços dessa desordem em razão de ter casos em minha família e, exatamente por sempre acompanhar, aprendi a diagnosticar. Tudo que é diagnosticado cedo tem tratamento e cura, bastam apenas termos informação de como procedermos e onde encontrar ajuda.

Se sua criança tem sido uma difícil e gerado diversos problemas, leve-a para fazer uma avaliação com um neurologista, psiquiatra e psicólogo, peça exames, não aceite apenas avaliação verbal. Muitos têm preconceitos com algum ramo da ciência como a psiquiatria, tente romper esse preconceito, pois o psiquiatra é um médico de um órgão e não de loucos. Grande parte de Bipolares são, por exemplo, super dotados.

Acredito, inclusive, que pedagogos tinham que ter conhecimento maior desse campo para poder atuar nas escolas.

Essa reportagem trás algumas características, assim que tiver tempo tentarei traduzir.

Bipolar Disorder - A Quick Introduction
When life is more than you bargained for.

by John McManamy


Consider the following scenario:

A person visits his doctor or psychiatrist in a state of near-suicide. After probing for other possible causes of the patient's condition, the psychiatrist concludes the culprit is clinical depression, and prescribes a standard antidepressant.

The pill works uncommonly fast. Within two or three days the patient's energy has returned, his dark mood lifts, and for one brief shining moment he knows what it's like to feel normal, and even better than normal.

His mind is racing now. He starts making grand plans. Meanwhile, his mind keeps racing. He thinks this is just a side effect that will go away, so he takes another pill. After all, the very last thing he wants to happen is to crash back into that horrible depression of his, knowing full well that next time there may be no return.

But his racing mind refuses to stop. Instead, it cranks into an even higher gear. He cannot sleep, his heart is pounding, he is talking a mile a minute, and soon he is vividly hallucinating. Roller-coaster is totally inadequate to describe the experience. One is not driving the brain. Rather, the brain is driving the person. In extreme cases, the victim will rage completely out of control, and in one extraordinary situation, a person actually robbed a bank and was acquitted.

That, my friends, is the closest modern medicine has come to a laboratory test for a psychiatric condition. The illness is bipolar disorder, also known as manic depression. Toss an antidepressant at a person with bipolar - with no mood stabilizing medication to hold the antidepressant action at bay - and watch him flip out.

Ping! Flip City. Totally manic.

The reason I happen to know so much about this is that it happened to me. Thankfully, I did not rob a bank, but I know from my experience how it could happen. For the crisis intervention psychiatrist who later saw me, it was a no-brainer. "Bipolar mixed," she wrote on the script with no comment. With those two words, my life changed. I was branded.

By the same token, I was also relieved. After a lifetime of denial, I knew what I was up against. Having identified my adversary, I could begin to fight it, where I stood an excellent chance of winning.

So how come my first psychiatrist did not pick it up? I consider myself lucky. Most people with bipolar do not receive a correct diagnosis until their third or fourth try, usually years later. And unless we happen to land in the hospital in the midst of a wildly manic episode, there is not much for the doctor to go on.

I was depressed. At the time, I had no knowledge of bipolar in the family (since my diagnosis I have discovered it exists on both sides). All I talked about was my depression. All of them - my depression within a depression, my depression following a depression, my depression following the depression on top of the depression, and so on. My "ups" were what I mistook for normal behavior, so I did not feel compelled to bring them to my psychiatrist's attention. Besides, considering the state I was in, he wasn't about to mistake me for the type who danced on tables.

Mania and Hypomania

The ups - let's talk about the ups for awhile. We all have our moments of elation, giddiness, or bliss. This is perfectly normal, as are those days when we get up on the "right" side of bed and the world seems to spin in our direction. If someone has hit the genetic jackpot, he or she can feel something like this nearly everyday, with fame and fortune and friends gravitating to him or her like iron filings to a magnet.

Indeed, people with bipolar disorder have proved to be some of society's most smashing success stories.

But until we learn to successfully manage our illness, our "gift" represents an extremely liability. Sometimes we crash back into depression. Other times that intoxicating sense of elation starts escalating out of control. One may start talking fast, spending money, and engaging in inappropriate activities. Or the magic may start to wear off, as winning behavior deteriorates into crass and embarrassing caricature. Sometimes the elation turns sour, into a dysphoric rage that makes social and family life hell for all concerned.

So terrible is the havoc that bipolar disorder can bring on that a University of Texas at Houston study has estimated the present value of lifetime cost of the illness for an individual ranges from $11,720 for those with a single manic episode to $624,785 for those nonresponsive or with chronic episodes. This includes medical care, as well as unemployment and reduced earnings.
Generally, someone in a state of sustained elevation is said to have "hypomania." Sadly, that person is the last one to think he or she needs help. Either the high is too intoxicating or the problem lies with the rest of the world.

Full blown mania turns up the heat. If one hasn't wrecked his life while in a state of hypomania, he or she is a prime candidate going into mania. These tend to be your 911 cases, bordering on and breaking through into psychosis. Nevertheless, an antipsychotic medication or tranquilizer can bring down a person with mania in a matter of hours or less, though long-term stabilization can be a lot more problematical.

But even with our brains firmly held in place by the best medical science has to offer, there is no peace of mind. At any minute, any second, at the slightest provocation, we are all too aware that the insides of our skulls can break loose from their pharmacological moorings and indiscriminately tear down what took us a lifetime to build.

Simply losing a night's sleep may trigger a manic episode, not to mention the stress from work or a relationship breakup. And past trauma, bad lifestyle choices, and failure to manage stress conspire to set us up like sitting ducks.

Hence the need for vigilance. Many people with bipolar disorder are encouraged to keep mood journals, which they and their psychiatrists track like meteorologists keeping watch on baby hurricanes in the Caribbean.

Bipolar Depression

Now let's talk about those depressions, the flip side of bipolar disorder. In one way, there is nothing to distinguish bipolar depression from "unipolar" depression, from mild to severe, with similar suicide rates of about 15 percent. But now we are beginning to discover that bipolar depression may be an entirely different animal, involving different biological processes and treatments (more on this in Bipolar Depression)
Sadly, the depressive side of bipolar disorder has been overlooked by the experts. As Michael Thase MD of the University of Pittsburgh observed at the 2002 American Psychiatric Association annual meeting: "Although manic episodes are often more the emergent and notorious phase of bipolar affective disorder, depressive episodes last longer, are typically harder to treat, and result in the high ultimate risk of suicide."

Rapid-Cycling

The course of the illness is speeded up in some people, so that they are known as "rapid-cyclers, who can go up and down and back again, sometimes in a matter of hours. Since rapid-cyclers represent a moving target, treatment is difficult. Antidepressants can induce mania, and antimania medications can induce depression. Analyzing a Stanley Foundation trial, Robert Post MD of the NIMH observed in Bipolar Disorder: "This still left some 30-40 percent of our patients inadequately responsive."

Then there are those with "mixed states," who can be up and down at the same time, with agitated depression or dysphoric mania. Some people with unipolar depression can also experience some of these symptoms, and here is where depression gets especially dangerous, for if one is feeling suicidal while in an agitated or manic state, then one has the energy to carry out the deed.

Bipolar Disorder is Not Just Up and Down

These ups and downs - the manic highs and the depressive lows - are what define bipolar disorder, and many authorities are content to leave it at that, as if our brains were simple pendulums swinging from one extreme than the other. But the mind, as well as bipolar, is far more subtle and insidious - and occasionally beneficent - than that, and in the next article we will explore why.

Fast Bipolar Disorder Facts

From Stanley Bipolar Network patient data of its first 250 outpatients:

85.1 percent had been hospitalized in the past, on averagethree times.

The peak age of onset was between 15 and 19 years of age.

The rate of suicide attempts was 50.3 percent.

54 percent had a family member with bipolar disorder, and 32percent of family members had unipolar depression.

A third were currently married, another third single, and therest were separated, divorced, or widowed.

Despite the fact that approximately 90 percent had high schooldiplomas and a third had completed college, almost 65 percentwere unemployed and 40 percent were on welfare or disability.

The rate of depressive symptoms over six months was twice the rate of manic symptoms (63.6 percent vs 33.1 percent).

A 2003 Stanley Foundation survey of its next 258 of its next bipolar outpatients, 76 percent with bipolar I, found they were depressed three times more than they were manic (33.2 percent of the year vs 10.8 percent). Despite being on 4.1 psychiatric meds, 62.8 percent had four or more mood episodes a year, two thirds were substantially impacted by their illness, 26.4 were ill for more than three fourths of the year, and 40.7 were intermittently ill.

According to the NIMH, bipolar disorder affects approximately 2.3 million American adults, or about 1.2 percent of the US population age 18 and older in a given year, equally among men and women. A 2003 University of Texas Medical Branch Galveston and other centers study suggests that the prevalence rate for bipolar could be three times as high.

Researchers sent the Mood Disorders Questionnaire (which you can find on the website of the DBSA and other sites) to 127,800 people age 18 and above selected to represent the US adult population. Of the 85,358 (66.8 percent) who responded, the positive screen for bipolar I or II was 3.4 percent, and 3.7 percent when adjusted for the nonresponse bias.

Only 19.8 percent receiving positive screens reported receiving a diagnosis of bipolar from a physician while 31.2 percent reported a diagnosis of unipolar depression. Positive screens were far more common in young adults and those with low income. Migraine, allergies, asthma, and alcohol and drug dependence were "substantially higher" among those with positive screens.

A 2003 Case Western Reserve mail survey of 85,458 adults found that more than half those with symptoms of bipolar were at high risk of being fired or laid off, with nearly half reporting poor job performance. In addition, symptomatic individuals were only half as likely to marry and twice as likely to separate or divorce. The survey also found bipolar is eight times more likely to affect those aged 18 to 24 than those over 55, and that people in this age group reported that symptoms disrupted their lives 70 percent of the time.

Findings from the McLean Hospital-Harvard First-Episode Mania Study that tracked 166 bipolar patients two to four years following their first hospitalization for mania or a mixed episode found fifty percent achieved syndromal (cluster of symptoms) recovery by 5.4 weeks, 98 percent by two years, but 28 percent remained symptomatic. Factors associated with shorter time to recovery for half the subjects were female sex, shorter hospitalization, and lower initial depression ratings. Only 43 percent achieved functional recovery (these patients tended to be older with shorter hospitalizations). Forty percent experienced a new episode of mania (20 percent) or depression (20 percent) within two years of syndromal recovery (19 percent switched phases without recovery). Predictors of mania recurrence were initial psychosis, lower occupational status, and initial manic presentation while predictors of depression onset were higher occupational status, initial mixed presentation, and any co-occurring illness.

Bipolar Disorder - A Closer Look
There is far more to bipolar than meets the eye.

Let's start with the boring stuff:

The DSM-IV (the diagnostic Bible published by theAmerican Psychiatric Association) divides bipolar disorder into two types, rather unimaginatively labeled bipolar I and bipolar II. "Raging" and "Swinging" are far more apt:



Bipolar I

Raging bipolar (I) is characterized by at least one full-blown manic episode lasting at least one week or any duration if hospitalization is required. This may include inflated self-esteem or grandiosity, decreased need for sleep, being more talkative than usual, flight of ideas, distractibility, increase in goal-oriented activity, and excessive involvement in risky activities.
The symptoms are severe enough to disrupt the patient's ability to work and socialize, and may require hospitalization to prevent harm to himself or others. The patient may lose touch with reality to the point of being psychotic.

The other option for raging bipolar is at least one "mixed" episode on the part of the patient. The DSM-IV is uncharacteristically vague as to what constitutes mixed, an accurate reflection of the confusion within the psychiatric profession. More tellingly, a mixed episode is almost impossible to explain to the public. One is literally "up" and "down" at the same time.

The pioneering German psychiatrist Emil Kraepelin around the turn of the twentieth century divided mania into four classes, including hypomania, acute mania, delusional or psychotic mania, and depressive or anxious mania (ie mixed). Researchers at Duke University, following a study of 327 bipolar inpatients, have refined this to five categories:

Pure Type 1 (20.5 percent of sample) resembles Kraepelin’s hypomania, with euphoric mood, humor, grandiosity, decreased sleep, psychomotor acceleration, and hypersexuality. Absent was aggression and paranoia, with low irritability.

Pure Type 2 (24.5 of sample), by contrast, is a very severe form of classic mania, similar to Kraepelin's acute mania with prominent euphoria, irritability, volatility, sexual drive, grandiosity, and high levels of psychosis, paranoia, and aggression.

Group 3 (18 percent) had high ratings of psychosis, paranoia, delusional grandiosity and delusional lack of insight, but lower levels of psychomotor and hedonic activation than the first two types. Resembling Kraepelin’s delusional mania, patients also had low ratings of dysphoria.

Group 4 (21.4 percent) had the highest ratings of dysphoria and the lowest of hedonic activation. Corresponding with Kraepelin’s depressive or anxious mania, these patients were marked by prominent depressed mood, anxiety, suicidal ideation, and feelings of guilt, along with high levels of irritability, aggression, psychosis, and paranoid thinking.

Group 5 patients (15.6 percent) also had notable dysphoric features (though not of suicidality or guilt) as well as Type 2 euphoria. Though this category was not formalized by Kraepelin, he acknowledged that "the doctrine of mixed states is ... too incomplete for a more thorough characterization ..."

The study notes that while Groups 4 and 5 comprised 37 percent of all manic episodes in their sample, only 13 percent of the subjects met DSM criteria for a mixed bipolar episode, and of these, 86 percent fell into Group 4, leading the authors to conclude that the DSM criteria for a mixed episode is too restrictive.



Different manias often demand different medications. Lithium, for example, is effective for classic mania while Depakote is the treatment of choice for mixed mania.



The next DSM is likely to expand on mania. In a grand rounds lecture delivered at UCLA in March 2003, Susan McElroy MD of the University of Cincinnati outlined her four "domains" of mania, namely:



As well as the “classic” DSM-IV symptoms (eg euphoria and grandiosity), there are also “psychotic” symptoms, with "all the psychotic symptoms in schizophrenia also in mania." Then there is “negative mood and behavior,” including depression, anxiety, irritability, violence, or suicide. Finally, there are "cognitive symptoms," such as racing thoughts, distractibility, disorganization, and inattentiveness. Unfortunately, “if you have thought disorder problems, you get all sorts of points for schizophrenia, but not for mania unless there are racing thoughts and distractibility.”



Kay Jamison in Touched with Fire writes:



"The illness encompasses the extremes of human experience. Thinking can range from florid psychosis, or "madness," to patterns of unusually clear, fast, and creative associations, to retardation so profound that no meaningful activity can occur."



The DSM-IV has given delusional or psychotic mania its own separate diagnosis as schizoaffective disorder - a sort of hybrid between bipolar disorder and schizophrenia, but this may be a completely artificial distinction. These days, psychiatrists are acknowledging psychotic features as part of the illness, and are finding the newer generation of antipsychotics such as Zyprexa effective in treating mania. As Terrance Ketter MD of Yale told the 2001 National Depressive and Manic Depressive Association Conference, it may be inappropriate to have a discrete cut between the two disorders when both may represent part of a spectrum.



At the 2003 Fifth International Conference on Bipolar Disorder, Gary Sachs MD of Harvard and principal investigator of the NIMH-funded STEP-BD reported that of the first 500 patients in the study, 52.8 percent of bipolar I patients and 46.1 percent of bipolar II patients had a co-occurring (comorbid) anxiety disorder. Dr Sachs suggested that in light of these numbers, comorbid may be a misnomer, that anxiety could actually be a manifestation of bipolar. About 60 percent of bipolar patients with a current anxiety disorder had attempted suicide as opposed to 30 percent with no anxiety. Among those with PTSD, more than 70 percent had attempted suicide.



Depression is not a necessary component of raging bipolar, though it is strongly implied what goes up must come down. The DSM-IV subdivides bipolar I into those presenting with a single manic episode with no past major depression, and those who have had a past major depression (corresponding to the DSM -IV for unipolar depression).



Bipolar II



Swinging bipolar (II) presumes at least one major depressive episode, plus at least one hypomanic episode over at least four days. The same characteristics as mania are evident, with the disturbance of mood observable by others, but the episode is not enough to disrupt normal functioning or necessitate hospitalization, and there are no psychotic features.



Those in a state of hypomania are typically the life of the party, the salesperson of the month, and more often than not the best-selling author or Fortune 500 mover and shaker, which is why so many refuse to seek treatment. But the same condition can also turn on its victim, resulting in bad decision-making, social embarrassments, wrecked relationships, and projects left unfinished.
Hypomania can also occur in those with raging bipolar, and may be the prelude to a full-blown manic episode.



While working on the American Psychiatric Association’s latest DSM version of bipolar (IV-TR), Trisha Suppes MD, PhD of the University of Texas Medical Center in Dallas carefully read its criteria for hypomania, and had an epiphany. "I said, wait," she told a UCLA grand rounds lecture in April 2003 and webcast the same day, "where are all those patients of mine who are hypomanic and say they don’t feel good?"



Apparently, there is more to hypomania than mere mania lite. Dr Suppes had in mind a different type of patient, say one who experiences road rage and can’t sleep. Why was there no mention of that in hypomania? she wondered. A subsequent literature search yielded virtually no data.



The DSM alludes to mixed states where full-blown mania and major depression collide in a raging sound and fury, but nowhere does it account for more subtle manifestations, often the type of states many bipolar patients may spend a good deal of their lives in. The treatment implications can be enormous. Dr Suppes referred to a secondary analysis Swann of a Bowden et al study of patients with acute mania on lithium or Depakote which found that even two or three depressed symptoms in mania were a predictor of outcome.



Clinicians commonly refer to these under-the-DSM radar mixed states as dysphoric hypomania or agitated depression, often using the terms interchangeably. Dr Suppes defines the former as "an energized depression," which she and her colleagues made the object of in a prospective study of 919 outpatients from the Stanley Bipolar Treatment Network. Of 17,648 patient visits, 6993 involved depressive symptoms, 1,294 hypomania, and 9,361 were euthymic (symptom-free). Of the hypomania visits, 60 percent (783) met her criteria for dysphoric hypomania. Females accounted for 58.3 percent of those with the condition.



Neither the pioneering TIMA Bipolar Algorithms nor the APA’s Revised Practice Guideline (with Dr Suppes a major contributor to both) offer specific recommendations for treating dysphoric hypomania, such is our lack of knowledge. Clearly the day will come when psychiatrists will probe for depressive symptoms or mere suggestions of symptoms in mania or hypomania, knowing this will guide them in the prescriptions they write, thus adding an element of science to the largely hit or miss practice that governs much of meds treatment today. But that day isn’t here yet.



Bipolar Depression



Major depression is part of the DSM-IV criteria for swinging bipolar, but the next edition of the DSM may have to revisit what constitutes the downward aspect of this illness. At present, the DSM-IV criteria for major unipolar depression pinch-hits for a genuine bipolar depression diagnosis. On the surface, there is little to distinguish between bipolar and unipolar depression, but certain "atypical" features may indicate different forces at work inside the brain.



According to Francis Mondimore MD, assistant professor at Johns Hopkins and author of "Bipolar Disorder: A Guide for Patients and Families", talking to a 2002 DRADA conference, people with bipolar depression are more likely to have psychotic features and slowed-down depressions (such as sleeping too much) while those with unipolar depression are more prone to crying spells and significant anxiety (with difficulty falling asleep).



Because bipolar II patients spend far more time depressed than hypomanic (50 percent depressed vs one percent hypomanic, according to a 2002 NIMH study) misdiagnosis is common. According to S Nassir Ghaemi MD bipolar II patients 11.6 years from first contact with the mental health system to achieve a correct diagnosis.



The implications for treatment are enormous. All too often, bipolar II patients are given just an antidepressant for their depression, which may confer no clinical benefit, but which can drastically worsen the outcome of their illness, including switches into mania or hypomania and cycle acceleration. Bipolar depression calls for a far more sophisticated meds approach, which makes it absolutely essential that those with bipolar II get the right diagnosis.



This bears emphasis: The hypomanias of bipolar II - at least the ones with no mixed features - are generally easily managed or may not present a problem. But until those hypomanias are identified, a correct diagnosis may not be possible. And without that diagnosis, your depression - the real problem - will not get the right treatment, which could prolong your suffering for years.
Bipolar I vs Bipolar II



Dividing bipolar into I and II arguably has more to do with diagnostic convenience than true biology. A University of Chicago/Johns Hopkins study, however, makes a strong case for a genetic distinction. That study found a greater sharing of alleles (one of two or more alternate forms of a gene) along the chromosome 18q21in siblings with bipolar II than mere randomness would account for.



A 2003 NMIH study tracking 135 bipolar I and 71 bipolar II patients for up to 20 years found:
* Both BP I and BP II patients had similar demographics and ages of onset at first episode.* Both had more lifetime co-occurring substance abuse than the general population.* BP II had "significantly higher lifetime prevalence" of anxiety disorders, especially social and other phobias.* BP Is had more severe episodes at intake.* BP IIs had "a substantially more chronic course, with significantly more major and minor depressive episodes and shorter inter-episode well intervals."



Nevertheless, for many people, bipolar II may be bipolar I waiting to happen.



Cyclothymia



A likely candidate for the DSM-V as bipolar III is "cyclothymia," listed in the DSM as a separate disorder, characterized by symptoms (but not necessarily full episodes of) hypomania and mild depression. One third of those with cyclothymia are eventually diagnosed with bipolar, lending credence to the "kindling" theory of bipolar disorder, that if left untreated in its early stages the illness will break out into something far more severe later on.




Spectrum Considerations



The DSM's one-week minimum for mania and four-day minimum for hypomania are regarded by many experts as artificial criteria. The British Association for Psychopharmacology's 2003 Evidence-based Guidelines for Treating Bipolar Disorder, for instance, notes that when the four-day minimum was reduced to two in a sample population in Zurich, the rate of those with bipolar II jumped from 0.4 percent to 5.3 percent. The point is that diagnostic categories are arbitrary, at best. A strong case can be made that the current ones are overly inclusive of unipolar depression at the expense of bipolar disorder.




Scientific Theories



The cause and workings of the disorder are terra incognita to science, though there are lots of theories based on encouraging genetics, imaging, and brain science studies. A sampling of what is going on is offered by way of a 2001 Newsletter report:



"Att the Fourth International Conference on Bipolar Disorder in June 2001, Paul Harrison MD, MRC Psych of Oxford reported on the Stanley Foundation's pooled research of 60 brains and other studies:



"Among the usual suspects in the brain for bipolar are mild ventricular enlargement, smaller cingulate cortex, and an enlarged amygdala and smaller hippocampus. The classical theory of the brain is that the neurons do all the exciting stuff while the glia acts as mind glue. Now science is finding that astrocytes (a type of glia) and neurons are anatomically and functionally related, with an impact on synaptic activity. By measuring various synaptic protein genes and finding corresponding decreases in glial action, researchers have uncovered 'perhaps more [brain] abnormalities ... in bipolar disorder than would have been expected.' These anomalies overlap with schizophrenia, but not with unipolar depression.



"Dr Harrison concluded that there is probably a structural neuropathology of bipolar disorder situated in the medial prefrontal cortex and possibly other connected brain regions."



Conclusion



So little is actually known about the illness that the pharmaceutical industry has yet to develop a drug to treat its symptoms. Lithium, the best-known mood stabilizer, is a common salt, not a proprietary drug. Drugs used as mood stabilizers - Depakote, Neurontin, Lamictal, Topamax, and Tegretol - came on the market as antiseizure medications for treating epilepsy. Antidepressants were developed with unipolar depression in mind, and antipsychotics went into production to treat schizophrenia.



Inevitably, a "bipolar" pill will find its way to the market, and there will be an eager queue of desperate people lining up to be treated. Make no mistake, there is nothing glamorous or romantic about an illness that destroys up to one in five of those who have it, and wreaks havoc on the survivors, not to mention their families. The streets and prisons are littered with wrecked lives. Vincent Van Gogh may have created great works of art, but his death in his brother's arms at age 37 was not a pretty picture.



The standard propaganda about bipolar is that it is the result of a chemical imbalance in the brain, a physical condition not unlike diabetes. For the purposes of gaining acceptance in society, most people with bipolar seem to go along with this blatant half-truth.



True, a chemical storm is raging in the brain, but the analogy to the one taking place in the diabetic's pancreas is totally misleading. Unlike diabetes and other physical diseases, bipolar defines who we are, from the way we perceive colors and listen to music to how we taste our food. We don't HAVE bipolar. We ARE bipolar, for both better and worse.




In one way, it's akin to being God's chosen people. As God's chosen, we are prime candidates for God's wrath, but even as God strikes the final blow - as the old Jewish saying goes - he provides the eventual healing. In a way that only God can understand, God has bestowed on us a great blessing. Living with this blessing is both a challenge and a terrible burden, but in the end we hope to emerge from this ordeal as better people, more compassionate toward our fellow beings and just a little bit closer to God.



First published 2000, updated Feb 10, 2008

3 de abril de 2009

Vocês Sabem quem são??????



Conto na próxima semana.

:-)

A história do rock de Brasília ....

Estou fazendo uma pesquisa sobre as Bandas de Brasília não PUNKS ou as que eram, mas ninguém quase fala hoje em dia, como Mantenha Distancia, Cólica, etc. É uma tentativa de lembrar e encontrar outros trabalhos do pessoal que eram da galera e também dos que não eram. Tem, por exemplo, o Liberdade Condicional, que arrebentava na época, o Akneton, Haroldinho Matos, Mel da Terra, Fusão, Unidade Móvel, Zamba, entre outras. Algumas dessas eu participava na produção, noutras cheguei a tocar... resumindo: nessa pesquisa, acabei achando essa matéria que fala até do XXX, que depois virou Escola de Escândalos - minha Banda Preferida.

Às vezes acho que seria legal escutar a história pelas pessoas que viveram a época e não ficaram famosos... acho que teríamos uma visão bem interessante, diferente e próximo de uma ideia mais real do que foi Brasília, os jovens, os movimentos, as festa, o tédio e a musica nessa época....algo para se pensar!

Aos poucos vou começar a desenvolver esse assunto dentro desse prisma. Vamos ver no que vai dar hahahahahahaha.

Uma vez por mês vou trazer algo. :-)

Por enquanto segue esse achado...

Beijos!!!

DRI MICHELS

Renato Russo & Aborto Elétrico, a história do rock de Brasília

* Olímpio Cruz Neto

No final dos anos 70, quando o país já rumava para a reabertura política - lenta e gradual, como havia imposto o general Golbery do Couto e Silva, ex-chefe da Casa Civil do governo João Figueiredo -, Brasília também sofria com o fato de estar à sombra do poder dos militares. Antes da anistia política, em 1979, pouco ou nada havia para os garotos filhos da classe média que ocupava cargos na máquina administrativa pública. "Não havia o que fazer", afirmou Renato, em entrevista concedida ao jornalista Celso Araújo (líder da banda Akneton), em 1984.
Não havia mesmo. Quando Renato era pouco mais que um adolescente, aos 16 anos, adorava as grandes bandas de rock dos anos 60 e 70, além do poeta Bob Dylan, o que o levava a divagar, nas tardes secas de Brasília, como seria montar um grupo de rock. Tímido e desengonçado, Júnior pensava ser o líder de uma banda – Forty Street Second Band -, na qual participariam Jeff Beck, Mick Taylor e outras figuras lendárias do rock. Júnior era Eric Russel, o cantor da banda.
Nascia ali, sem saber, o embrião da persona Renato Russo. Mas até aquele momento, só as paredes do quarto de Renato, que morava com os pais num apartamento funcional do Banco do Brasil, na 303 Sul, sabiam dessa sua banda. Eram divagações e sonhos na mente juvenil do rapaz franzino que usava óculos e era desajeitado devido a uma doença que o mantivera paralisado, na infância, por quase dois anos.
Tudo vinha assim, sem muita pretensão até que, em 1977, eclodiu na Inglaterra o movimento punk: a revolta dos filhos da classe operária inglesa contra o establishment britânico e a pompa que cercava a Rainha Elizabeth e as lendas do rock. Aquilo foi o estalo para Renato Russo, que descobriu a existência e o nascimento do punk lendo as páginas da revista Pop (única publicação nacional que falava sobre rock no final da década de 70), numa matéria especial sobre a nova cena musical na Europa, a explosão do movimento nos Estados Unidos e um disco com algumas bandas...
Renato estava na 907 Sul, no prédio da Cultura Inglesa, a tradicional escola de língua inglesa de Brasília, quando conheceu o escocês Ian, que acabara de chegar do Reino Unido falando das maravilhas da canção Anarchy In the U.K, do Sex Pistols... Renato ficou maravilhado com o papo. Nessa época, após oito anos de estudo, ele praticamente morava dentro da Cultura Inglesa, devorando livros e revistas sobre música e cultura. E também dava aulas.
Era um cara muito bem informado para a sua idade. "Sabia um pouco menos que praticamente tudo sobre cinema e música americana e, aquilo que ele não sabia, tinha imaginação suficiente para inventar", lembrava, em 1985, o jornalista Alcimar Ferreira, amigo de Renato nos tempos da Cultura Inglesa e com quem estudou na Faculdade de Jornalismo do Ceub. "O blefe era seu trunfo capital, que tornava exasperantes nossas muitas polêmicas pelos corredores do Ceub, a respeito sempre do mesmo tema: música".
Verdadeira enciclopédia de rock - tinha centenas de discos em casa - Renato era capaz de citar, infinitamente, nomes de trocentas bandas, desde as óbvias até as mais obscuras. "Algumas eu tinha absoluta certeza de que não existiam, porque eu lia de maneira contumaz todas as revistas inglesas e americanas, que nunca citavam aqueles grupos de nomes geniais", disse Ferreira. O colega de faculdade também mostrou-se convencido que Renato estava blefando quando, pouco antes da Legião lançar seu primeiro disco – o homônimo Legião Urbana -, disse em uma entrevista que andava ouvindo - "assiduamente" - o Menudo, grupo que acabou homenageando no Acústico, lançado postumamente. "Blefe. O tipo de trucagem na qual ele (Renato) é mestre: dizer exatamente aquilo em que está longe de acreditar", afirmou o jornalista.
Ainda em 1979, um grupo de estudantes de Jornalismo, colegas de Renato no Ceub, se juntaram para lançar um livro de poemas, chamado Sinal. Ferreira lembrou, em texto escrito no Jornal de Brasília, seis anos depois: "O poema de Renato foi escrito num jato, um longo box verbal, uma pulsação ginsberguiana, um acerto artesanal com as palavras, ainda que faltasse a cirurgia, faca amolada". O livro é exemplar raro hoje em dia e poucos o têm.
Renato era um bom garoto, ainda adolescente. Inteligente e intuitivo, não parecia que se tornaria o cara com o discurso afiado visto em Que País É Este? ou Conexão Amazônica, marcas registradas da sua primeira banda: o Aborto Elétrico. Sua mudança radical ocorreu mesmo em 1978 quando encontrou-se com Felipe Lemos. era filho de professores universitários e tinha acabado de chegar de Londres, depois de uma estadia com os pais na Inglaterra. Debaixo do braço, alguns discos de rock, quase os mesmos que seriam colocados por Renato para tocar numa festa, em que os dois se encontraram. De cara, ficaram amigos.
"A gente não se desgrudava e o Renato ia na minha casa todos os dias", lembrou o baterista do Aborto Elétrico e do Capital Inicial, em entrevista publicada na Showbizz, em maio de 1997. morava na Colina, o conjunto de prédios localizados no campus da Universidade de Brasília, que passou a ser o centro do "movimento" punk de Brasília. Lá, ambos fizeram amizade com outros caras, que também se identificaram com os três acordes que eram a matriz do som feito por Ramones, Clash, Sex Pistols e Comsat Angels. A Turma da Colina reunia Loro Jones e o irmão Geraldo Ribeiro (futuros integrantes da Bltx 64, depois Capital Inicial e Escola de Escândalo), André Müller e o irmão Bernardo (Metralhaz, depois Plebe Rude e Escola), Gutje Woorthman (fundador da Blitx 64 e depois da Plebe), Bi Ribeiro (Paralamas) e muitos outros. No começo, não passavam de uns 20 moleques. Dedicavam suas horas a ouvir discos, promover festas, passear pelas quebradas de Brasília...
era amigo de André Pretorius, um sul-africano filho de diplomatas, que morava em Brasília e ostenta - de fato - o título de primeiro punk da cidade. Os dois, mais André Müller, planejavam montar uma banda, que acabou não acontecendo, porque André, dessa vez, mudou-se para a Inglaterra. Renato resolveu topar a parada e montar sua própria banda, convidando André e . O nome do grupo surgiu numa tarde de papo furado, no térreo dos blocos de apartamentos da Colina.
"A gente tava sentado no chão, pensando qual seria o nome da nossa banda. Eu tava com um negócio de elétrico na cabeça e alguém falou comigo tijolo elétrico. Aí o André Pretórius falou: não, Aborto Elétrico", lembrou à Showbizz, desmentindo a lenda de que o nome teria surgido em decorrência de uma invasão do campus da UnB pelo Exército, numa das famosas ações do governo durante a ditadura militar, quando uma estudante universitária teria perdido o filho em decorrência de um cacetet elétricos utilizado por um soldado mais afoito. A primeira apresentação ocorreu muito tempo depois, em 1980, quando resolveram fazer um show no Só Cana, o extinto bar localizado no Gilberto Salomão, no Lago Sul, bairro de classe média alta.
"Nós fomos, levamos umas coisas, o estava com caxumba, febre de 40 graus e, quando terminamos o set de cinco músicas, o pessoal reagiu com: Êhhhh! De novo! Porque brasileiro gosta muita de zona. Então, dá-lhe zona. Eles não entenderam nada: todo mundo parado... Aí tocamos as cinco músicas de novo e, pelo que eu soube, a cidade inteira falou disso depois. Porque, primeiro, ninguém tinha ouvido falar de um grupo de música chegar e tocar de graça e ainda fazer aquele barulho. E o guitarrista loiro (Pretorius), sangrando a guitarra. O Aborto Elétrico era assim – Paaammmm!!! E não era rápido – era lento, tipo (Sex) Pistols. Aí o que aconteceu, a cidade começou a falar. Nos colégios de classe média – Objetivo, Elefante Branco, Marista... – o comentário era: Você viu? Aqueles caras são maconheiros, bla blá blá...", lembrou Renato, em entrevista à jornalista Sonia Maia, publicada na revista Bizz abril de 1989.
O grupo logo começou a realizar apresentações mais ou menos constantes, em qualquer lugar onde pudessem arrumar uma tomada elétrica. O Food’s, antiga lanchonete situada entre a 110 e 111 Sul, era um dos points do Aborto e das outras bandas que surgiram logo depois na esteira. Na época eram três grandes bandas: Metralhaz, Blitx 64 e Aborto. As três bandas, embriões das quatro grandes bandas brasilienses dos anos 80 – Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude e Escola de Escândalo – tocavam em festas, nas quadras, em bares como o Cafofo, na 409 Norte, na UnB, nos colégios...
Em 1981, Pretorius mudou-se do Brasil e voltou para a África do Sul com o pai diplomata – "servir ao Exército e matar os negros", disse Renato, que assumiu a guitarra. Flávio Lemos, irmão de , passou para o baixo e a banda continuou. Os Lemos mudaram-se para o Lago Norte, abrindo um novo local para os ensaios da banda, que passou a dividir o espaço com uma nova banda: a Plebe Rude. "Passávamos os ensaios sacaneando o Renato, desligando a chave geral da casa", recorda Philippe Seabra. Nesse período, a turma cresceu, passando a fazer grandes agitos, pintando camisetas, confeccionando seus próprios badges, pichando os muros e pontos de ônibus da cidade.
Renato era tão convicto do que fazia que tinha bolado em casa a capa e o encarte do LP do Aborto, que jamais foi lançado, claro. Dentro da capa do disco, um LP com um selo colado por cima. O sonho do disco próprio não era tão maluco assim, afinal em 1980 uma banda de Brasília já havia lançado um disco independente.
Era o Tellah, a primeira grande banda brasiliense, na época, de quem Renato era fã e enchia o saco para descolar um show conjunto. "Os caras eram músicos de verdade e tinham prestígio", disse em entrevista ao Correio Braziliense, em 1985. Haviam outros grupos, como o Liga Tripa e o Fusão, além da galera do Artimanha, que fazia jazz e música instrumental. É verdade que o compositor Renato Russo já tinha nascido e boa parte do repertório inicial do Capital e da Legião foram gerados ainda dentro do Aborto. É dessa época, por exemplo, músicas como Conexão Amazônica, Música Urbana, Tédio (com um T bem grande prá você), Veraneio Vascaína, Que país é este?, Fátima, entre outras pérolas que se tornaram clássicos do rock brasileiro.
A banda estava no auge em Brasília quando uma briga entre e Renato acabou com tudo. "Eu briguei com o por causa da música Química", disse Renato. "Nessa época estávamos supersofisticados, ouvindo sei lá o quê – Joy Division, essas coisas e eu cheguei com aquela música: Não saco nada de química... E eles: , Renato, você está atrasado..." bateu pesado: "Você está perdendo seu jeito de fazer música". Depois, reconheceu que errou em seu pré-julgamento: "Que bobagem minha! Hoje a música é um clássico".
Antes, outro desentendimento tinha deixado a relação de amizade entre os dois estremecida. Em dezembro de 1981, no primeiro aniversário da morte de John Lennon – ídolo de Renato – o Aborto realizou um show em Taguatinga. "O Renato estava super sentido. Quando ele errou uma música, atirei uma baqueta nele e acertei na cabeça. Ele me olhou com uma cara horrível e sumiu depois do show. Fui na casa dele e só faltou me jogar aos seus pés...", lembrou . A banda morreu, contudo, em março de 1982. "Eram baladas com uma história (começo, meio e fim) bem diferentes do seu estilo junto ao Aborto Elétrico. Inevitavelmente, essa mudança começou a chamar atenção a atenção de pessoas menos ligadas – havia os que detestavam de verdade – ao movimento elétrico da cidade. Agora era possível compreender as letras das músicas, o que tinha sido impossível até então, devido a problemas com microfones e volume alto demais", escreveu o próprio Renato num proto-release press, em maio de 1982. Ele chegou a gravar algumas dessas composições numa fita k7, em que brincava de locutor de uma imaginária Rádio Brasília.
Essa fase violão e voz durou até agosto daquele ano. Nesse mês, Renato resolveu montar uma nova banda. Encontrou-se com Marcelo Bonfá, baterista egresso do SLU – uma brincadeira com a sigla da companhia de lixo de Brasília, Serviço de Limpeza Urbana, e que tinha tido uma rápida passagem pelo grupo Dado e O Reino Animal -, numa festa organizada por André Müller. A idéia, segundo Renato, era montar um núcleo mínimo para a banda – baixo e bateria – e convidar guitarristas esporadicamente para tocar como convidados. A idéia em gestação, entretanto, não foi para frente. A banda, entretanto, já tinha nome: Legião Urbana.
O guitarrista que se fixou, inicialmente, foi Eduardo Paraná ou Kadu Lambach, ex-Boca Seca. E a banda incorporou o tecladista Paulo Paulista, que estreava como músico aos 16 anos, mas manteve-se na banda por pouquíssimo tempo. Com essa formação, a banda se apresentou, em fevereiro de 1983, em Patos de Minas (MG), junto com a Plebe Rude – a banda mais importante de Brasília naquele momento -, na chamada Feira do Milho. A estréia acabou com um pequeno problema entre as duas bandas e a polícia local. A Plebe detonou a canção Vote em branco e mexeu com os brios do poder local. Todos acabaram em cana.
"Vivíamos o governo Figueiredo e estava cheio de polícia no lugar. Enquanto tocávamos, André Müller, conversava com os peões da platéia, jogando todo aquele papo socialista que a gente já conhece das músicas da Plebe Rude. Durante o show, eles perguntavam aos trabalhadores o que achavam do salário que recebiam, se concordavam com as condições em que viviam... Foi só descermos do palco, que havia uma fila de policiais nos esperando para nos levar para a delegacia", lembrou Kadu Lambach, o Paraná, em entrevista à Showbizz, em 1997.
Kadu ficou na banda por pouquíssimo tempo também, fazendo ainda mais três shows, inclusive dois realizados ao ar livre, no Teatro do Cave, no Guará, e na Ciclovia do Lago Norte, onde tocaram grande parte do repertório do Aborto e duas canções próprias, jamais gravadas: Carne Clandestina e O Cachorro. A primeira era fruto da vivência de Renato como repórter do Jornal da Feira, editado pelo Ministério da Agricultura. Kadu saiu, por iniciativa própria, em decorrência das divergências musicais com Renato e Bonfá. Era um virtuoso na guitarra, algo que não agradava os garotos que adotaram como lema o do it yourself sugerido pelos punks ingleses. A pressa em descolar um substituto para Kadu, que deixou a banda para se dedicar à música, se justificava. Em abril, o grupo era uma das estrelas da chamada Temporada do Rock Brasiliense, realizado durante dois finais de semana no Teatro da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Além da Legião, apresentaram-se as outras bandas importantes da cena local: Plebe Rude, Capital Inicial e XXX, que depois geraria o Escola de Escândalo, e a Banda 69.
"Como havíamos alugado o teatro, ficamos ensaiando lá direto", lembra Dado. "A gente era quase hardcore, mas como as melodias do Renato eram geniais, o resultado acabou ficando bem satisfatório". Usando um pijama como roupa, o novo guitarrista estreou na banda num teste de força, tendo em vista que sua guitarra quebrou logo depois das duas primeiras canções. Mas a banda não deixou cair a bola. Renato já era um grande entertainer, emendou uma jam com a platéiaAdahn, e fez bonito. "Viramos a zebra do páreo", recorda Dado. "Nos saímos tão bem que a galera resolveu nos dar a maior força". Na platéia, uns cinqüenta gatos pingados assistiam ao show. "Só tocamos umas sete músicas. Era mais um negócio de tocar para os amigos, uma festa...", avaliou.
Logo depois, uma matéria publicada na revista Pipoca Moderna, escrita por Hermano Vianna, irmão do líder dos Paralamas, chamou a atenção da imprensa nacional para o movimento brasiliense. "O cerrado contra-ataca", escreveu. Em pouco tempo, graças aos Paralamas, que já haviam montado a banda, gravado o primeiro compacto com a EMI e mandavam ver nos shows Conexão Amazônica, Tédio (com um T bem grande para você) e Química, a Legião desceu para o eixo Rio-São Paulo para fazer suas primeiras apresentações.
Nas mãos, a primeira demo do grupo, com quatro canções – Ainda É Cedo, Conexão Amazônica, A Dança e Petróleo do Futuro, gravadas no estúdio Gravasom, no Brasília Rádio Center, mesmo prédio onde a banda mantinha uma sala de ensaios, junto com Capital, Plebe e XXX. A demo chega, pelas mãos dos Paralamas, à Rádio Fluminense do Rio, que a inclui na programação. Em julho daquele mesmo ano, o grupo toca no Circo Voador – o mais importante templo do rock carioca -, junto com o Capital Inicial e Lobão. Em outubro, foi a vez de encarar a platéia do Napalm, uma das grandes danceterias de São Paulo, também ponto de encontro dos roqueiros paulistas, e, novamente, fazer o Circo. Rapidamente, a fama da Legião no circuito alternativo começa a crescer, despertando a atenção da EMI, que propõe a gravação de um compacto com Geração Coca Cola. A proposta não agrada os três, já que a gravadora quer uma versão country (?!?) para o velho hino dos tempos do Aborto. Seguem-se novas apresentações, até que a banda fecha o contrato, depois de muitas desavenças com a EMI, que queria empurrar Marcelo Sussekind, guitarrista da banda carioca Herva Doce, para a produção, e contando com um novo integrante: Renato Rocha, o Negrete, egresso da banda de hardcore Dents Kents.
No início de 1985, a EMI lança Legião Urbana, com produção do jornalista José Emílio Rondeau, em meio ao Rock In Rio, que consagrou os Paralamas e incluiu o Brasil no roteiro das grandes bandas de rock americanas e inglesas. "É a única maneira de ver o seu produto bem divulgado, já que a produção independente, além de muito cara, atinge só a um público de elite", definiu Renato, em entrevista à jornalista Wilma Lopes, publicada no Jornal de Brasília. "Há o lado negativo, mas este é contrabalançado pelas vantagens do lado positivo, que é bem maior. Com jeito, se faz muita coisa. Conseguimos fazer o disco como queríamos, desde a escolha da música até a capa e o encarte".
A banda lançou o disco em duas apresentações realizadas em março daquele ano na Escola Parque de Brasília. "Essa é a nossa primeira produção de verdade", disse Dado, na época. Os shows, antológicos, mostravam que havia algo maior no ar. As duas apresentações tiveram casa cheia. O sucesso na cidade já havia sido consolidado com apresentações ao longo de 1984 nas cidades-satélites. Taguatinga abrigava o Teatro Rolla Pedra, espaço garantido às bandas brasilienses, que se multiplicavam.
O jornalista Celso Araújo, em artigo publicado no Correio Braziliense, não poupou elogios. "O disco é veloz, tem a marca mesma da agilidade e da tesitura urbana brasilienses", escreveu. "Legião Urbana faz uma crônica sentimental, sem futilidades", destacou. "Os legionários são o petróleo do futuro".
O disco chegava às lojas junto com o fim da ditadura militar e o início do processo de redemocratização do Brasil, que via nascer a Nova República. "A gente tem esperança que as coisas vão melhorar. É daqui de Brasília que vai surgir a garotada nova, com idéias novas, não só na música, mas no campo das artes em geral", previa Renato. "Para o futuro, planejamos muita música, muitos agitos, muito trabalho e tudo de bom".
E assim foi... duas décadas depois, a poesia e a música de Renato estão aí, servindo de exemplo e inspiração de vida para todos.

* Olímpio Cruz Neto é jornalista e colaborador de Senhor F. - Essa matéria foi publica no site da Revista do Senhor F.