30 de julho de 2009

VONTADE

Comparamos a mente humana – espelho vivo da consciência lúcida – a um grande escritório, subdividido em diversas seções de serviço.
Aí possuímos o Departamento do Desejo, em que operam os propósitos e as aspirações, acalentando o estímulo ao trabalho; o Departamento da Inteligência, dilatando os patrimônios da evolução e da cultura; o Departamento da Imaginação, amealhando as riquezas do ideal e da sensibilidade; o Departamento da Memória, arquivando as súmulas da experiência, e outros, ainda, que definem os investimentos da alma.
Acima de todos eles, porém, surge o Gabinete da Vontade.
A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.
A Divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois da laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias obscuras do instinto.
Para considerar-lhe a importância, basta lembrar que ela é o leme de todos os tipos de força incorporados ao nosso conhecimento.
A eletricidade é energia dinâmica.
O magnetismo é energia estática.
O pensamento é força eletromagnética.
Pensamento, eletricidade e magnetismo conjugam-se em todas as manifestações da Vida Universal, criando gravitação e afinidade, assimilação e desassimilação, nos campos múltiplos da forma que servem à romagem do espírito para as Metas Supremas, traçadas pelo Plano Divino.
A Vontade, contudo, é o impacto determinante.
Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina.
O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a capacidade de reflexão que lhe é própria, no entanto, na Vontade temos o controle que a dirige nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam os problemas do destino.
Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos de reparação e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se na enxovia da criminalidade, a Imaginação pode gerar perigosos monstros na sombra, e a Memória, não obstante fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que a Natureza lhe assinala, pode cair em deplorável relaxamento.
Só a Vontade é suficiente forte para sustentar a harmonia do espírito.
Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate da conexão entre os semelhantes, porque a sintonia constitui lei inderrogável, mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que administra, de modo a mantê-los coesos na corrente do bem.


Texto do livro “Pensamento e Vida” – Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

Programa Papa-Pilhas



Entenda as discussões entre Brasil e Paraguai sobre Itaipu

Interessante essa matéria, despertou meu interesse de entender e conhecer melhor a questão da Usina de ITAIPU

DRI

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Entenda as discussões entre Brasil e Paraguai sobre ItaipuFabrícia Peixoto
Da BBC Brasil em Brasília

Mudança no acordo de Itaipu foi bandeira de campanha de Lugo
A usina hidrelétrica de Itaipu será o principal assunto da reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega paraguaio, Fernando Lugo, nesta quinta-feira, em Brasília.

O governo paraguaio quer mudanças no acordo sobre a usina, que pertence aos dois países. Uma das reivindicações é de que o Brasil pague mais pela energia que compra do país vizinho.

Além disso, o Paraguai também quer o direito de vender livremente, a preço de mercado, a energia a que tem direito.

Nos últimos dois meses, o governo brasileiro vem discutindo, informalmente, algumas contrapropostas com o lado paraguaio. Uma delas prevê linhas de financiamento, via BNDES, no valor de US$ 1,5 bilhão, que seriam usadas em obras de infraestrutura no país vizinho.

O governo paraguaio considerou "insuficientes" as propostas apresentadas até o momento pelo governo brasileiro. Caberá agora ao presidente Lula conversar pessoalmente com Lugo sobre o futuro da parceria na usina hidrelétrica.

Criada em 1973, a usina é considerada a maior do mundo em termos de energia gerada e abastece 20% do território brasileiro. No Paraguai, Itaipu gera 90% do que é consumido.

Entenda o que está em jogo nas discussões sobre a usina de Itaipu:

O que é a Usina de Itaipu?

Localizada no Rio Paraná, na fronteira entre Brasil e Paraguai, a usina hidrelétrica de Itaipu foi criada em 1973, mas apenas em 1984 começou efetivamente a gerar energia. É considerada a maior hidrelétrica do mundo, em termos de energia gerada.

Os governos do Paraguai e do Brasil são os dois sócios da empresa, com participações iguais. Quando o tratado foi assinado, ficou acertado que cada país ficaria responsável por 50% do capital inicial (US$ 50 milhões para cada).

O Paraguai, no entanto, não tinha recursos financeiros para isso. A saída foi pegar o dinheiro emprestado com o Brasil, não só para o capital inicial, mas também para outros investimentos, na medida em que o empreendimento era executado. O resultado é uma dívida de US$ 18 bilhões, a ser paga até 2023.

Isso faz do Brasil dono da empresa?

Não. A usina pertence aos dois países. Brasil e Paraguai têm direito, cada um, a 50% da energia gerada. A empresa tem também duas diretorias, uma de cada lado da fronteira.

No entanto, como o Brasil foi o país que efetivamente pagou pelo projeto, os dois governos concordaram, na época, que o Brasil teria certas preferências.

Uma delas diz respeito à energia excedente. O Paraguai tem direito a 50% da energia gerada, mas como não precisa de todo esse montante, acaba usando apenas 5%. O tratado diz que o restante (no caso, 45%) deve ser vendido obrigatoriamente à Eletrobrás, a preço de custo.

Por que o Paraguai se sente prejudicado?

O governo paraguaio questiona uma série de pontos do acordo sobre Itaipu. O país vizinho quer o direito de vender sua parte para quem quiser, da forma como quiser. O argumento é de que o Brasil "paga pouco" pela energia, e que outros compradores estariam dispostos a pagar o preço de mercado.

O Brasil paga ao Paraguai US$ 45,31 por megawatt-hora (MWh). No entanto, desse valor, o Paraguai recebe efetivamente US$ 2,81. A diferença (de US$ 42,5) é retida pelo governo brasileiro, como abatimento da dívida.

O que diz o governo brasileiro?

O governo brasileiro tem se mostrado contrário à possibilidade de o Paraguai vender livremente a energia a que tem direito. Um dos argumentos é de que a regra faz parte do tratado e que, para mudar o documento, seria preciso a aprovação do Congresso Nacional.

Além disso, o Brasil precisaria dessa energia para consumo geral.

Sobre o valor pago ao Paraguai, o governo brasileiro discorda de que seja "pouco". Para isso, compara o valor da energia de Itaipu com o de outros projetos. As usinas do Rio Madeira, quando estiverem prontas, vão oferecer energia a R$ 71 (cerca de US$ 33) - valor "ainda menor" do que o de Itaipu.

O governo brasileiro está disposto a fazer alguma concessão?

Durante as conversas extra-oficiais, o governo brasileiro sinalizou com algumas ofertas. A idéia central é de permitir que o Paraguai use mais a energia a que tem direito.

Para isso, o governo propôs novas linhas de financiamento ao país vizinho, no valor de US 1,5 bilhão. O capital seria empregado em obras de infraestrutura, ampliando a necessidade de uso energético.

O governo brasileiro estaria também aberto a um reajuste no valor pago pela cota paraguaia, passando dos atuais US$ 45 para algo em torno de US$ 47.

Apesar das intensas negociações nos últimos meses, a palavra final sobre a proposta será dada pelo presidente Lula.

Por que as discussões sobre Itaipu ganharam força agora?

A usina hidrelétrica de Itaipu é extremamente importante nas discussões econômicas e políticas no Paraguai.

A usina responde por 90% de toda a energia usada pelo país. Quando a dívida for quitada, em 2023, Itaipu estará valendo, de acordo com estimativas, cerca de US$ 60 bilhões - quase três vezes o PIB paraguaio.

O assunto foi a principal bandeira da campanha de Lugo à Presidência do Paraguai, quando prometeu brigar por um acordo "mais justo" com o Brasil.

A avaliação do governo brasileiro é de que Lugo precisa "entregar o que prometeu". A questão ganhou ainda maior importância diante do momento delicado pelo qual passa o presidente paraguaio, envolvido em escândalos de paternidade.

28 de julho de 2009

A Medical/Psychologic-Spiritist View of Depression

Workshop on Spiritism - A Medical/Psychologic-Spiritist View of Depression, by Vanessa
Anseloni. Baltimore-MD, USA

Look at:

http://www.tvcei.com/portal/index.php/canal5/316-video-033

24 de julho de 2009

Marreco´s Fest 2009







Ante tarde do que nunca COMENTAR...

Esse ano Marreco se superou na produção do Marreco´s Fest 2009. Foram 02 palcos com a mesma infra-estrutura – sem discriminação, todos, Bandas locais, nacionais e internacionais gozaram da mesma qualidade - e com atrações como Strikemaster (México), Omen (EUA) e Steve Grimmett (GRA).
Outra novidade da festa foi a o recolhimento de alimentos que foram posteriormente doados à Casa Transitória de Brasília.

Quer saber mais e conhecer a história do Festival? Acesse www.marrecosfest.com.br

Transportando do site para o blog, segue a descrição das bandas OMEN E Steve Grimmett:

OMEN

"Durante a Idade Média, o Mundo foi palco de inúmeras guerras, e mesmo depois de algumas batalhas vencidas, inclusive, contra o câncer que levou o vocalista J.D. Kimball para terras jamais cavalgadas. O OMEN, se manteve firme erguendo a bandeira do mais puro metal nos riffs medievais do seu guitarrista Kenny Powell. Esta banda é um marco na história da gravadora independente metal blade que elevou estes norte-americanos a milionésia potência do metal estadunidense, e principalmente, do metal épico. A força nas letras retratam histórias de reis e rainhas em castelos inimagináveis, bárbaros poderosos em batalhas sangrentas e segue a mesma temática dos conterrâneos do Manowar. O reinado do Omen, permanece desde o Battle Cry, primeiro registro de 1984, até o mais recente álbum Eternal Black Dawn, que mesmo após algumas baixas, os mantêm vivos nesta infinita trajetória. Longa vida aos guerreiros do Metal e que a batalha dure por mais cem anos.”

by Lelo Nirvana

STEVE GRIMMETT - vocalista da banda Grim Reaper

"Quando o Marreco me pediu pra falar desse fantástico vocalista, eu pensei comigo mesmo: O que falar da voz, quando a voz fala por si mesma. "Steve Grimmett é uma das vozes mais brilhantes da NWOBHM", segundo palavras do próprio Paul Di'anno que nos disse isso pessoalmente. De volta aos metálicos anos 80, ainda hoje, emociona ouvir os 3 petardos do Grim Reaper na voz desse gigante. Ultimamente, Brasília tem recebido ótimas atrações internacionais de grandes nomes do metal mundial, mas Steve Grimmett está muito acima disso tudo. Ele é um capítulo vivo do próprio Heavy Metal, vísivel em cada gota do sangue que corre em suas veias. Desde sua primeira aparição na banda Medusa até os recentes trabalhos da SGB, passando por momentos importantíssimos no Onslaught e Lionsheart, ele sempre colocou sua excelente técnica vocal em adesivas melodias que não saem da nossas cabeças e ao vivo poderão estourar os seus miolos. Para os iniciados que sabem do que eu estou falando: Rock you to hell, para os principiantes que vão ter a oportunidade ímpar de assistir ao mestre, SEE YOU IN HELL, MY FRIEND.”

by Lelo Nirvana

Saiba mais:
http://en.wikipedia.org/wiki/Steve_Grimmett
http://www.stevegrimmett.co.uk/
http://www.myspace.com/thestevegrimmettbandgrimreaper

Grande Show para pouca estrutura : C.J.RAMONES







Voltando ao assunto, quem sofreu com isso? Nós, os fãs, óbvio.
Quem nunca sonhou em estar num show do Ramones? Qualquer amante do rock and roll, com certeza desejou, mas no Brasil? È galera, tivemos que esperar muito tempo por esse momento. Mas valeu a pena aguardar e sonhar. C.J Ramones montou uma excelente banda para reviver Ramones e o show foi ótimo, uma nostalgia e uma novidade para os novos fãs do Rock and Roll. Meu filho de 19 anos, por exemplo, e seus amigos ficaram maravilhados, quem estava lá via a quantidade de cabeças jovens quicando na frente do palco, igual há 20 anos atrás.
Infelizmente não tivemos uma infra-estrutura de acordo com a ocasião. O palco montado foi o mesmo que festas amadoras usam em Brasília. O show bombou, claro, RAMONES. Para poder ter o vídeo postado no blog, foi um sacrifício. Estive em alguns shows esse ano e que tiveram uma estrutura muito boa, tirando a do Iron Maiden, que o palco era mais baixo que os utilizados pelo Porão do Rock. Quem pagou na época R$ 150,00, mal conseguiu ver. ( O ingresso mais caro do Brasil e a pior infra-estrutura. Não esqueço um pessoal que veio de Cuiabá e ficou super arrependido de não ter ido para o Rio. Se alguém viu o show numa boa, foi os abençoados que tinham R$ 300, 00 para pagar – triste episódio para um pais que o salário mínimo é R$ 480,00 e ainda por cima para ver num estádio, em pé, na próxima vez vou assistir em pé, mas no Rio ou em Sampa.). Agora, justiça seja feita, temos boas produções em Brasília, amadurecendo, mas temos e podemos visualizar isso nos Shows que tivemos, como o do Heaven and Hell, Slim Jim, e os que ocorreram no Marrecos Fest. Foram bons e até acessível para quem esta andando de bengala por um tempo, como eu hahahaha. Está ai outro problema que temos que discutir afinal quem anda de cadeiras de rodas, muletas, bengalas não poder ser loucos por assistir um show de Rock and Roll? Porque as produções não reservam espaço para esse pessoal? Isso seria um grande exemplo de cidadania.

Independente de qualquer dos problemas citados, temos que agradecer por trazerem C.J.RAMONES, a iniciativa já é um bom começo.

“Depois de longo e tenebroso inverno, consegui sentar e escrever...Esse negócio de blog dá um trabalhão, mas é legal!”

10 de julho de 2009

Grande Show de Slim Jim Phanton na noite Brasiliense










Na ultima sexta, 03/07/09, um dos ícones do Rock and Roll do MUNDO esteve em Brasília fazendo um grande show na festa Horrorbilly Fest, no Mercado Alternativo, ao lado do Camping Show. Trouxe com ele o guitarrista Jimmy Rip, que já tocou com Jerry Lee Lewis, Debbie Harry, Mick Jagger e Tom Verlaine, entre muitos outros, e o baixista Nixxx, da banda argentina Motorama.

Infelizmente, pela má divulgação, não tivemos forte presença do público e muito menos uma cobertura decente da Imprensa, como merecia a ocasião. Tenho certeza que no Festival de Inverno, onde tocaram algumas Bandas Brasileiras, a cobertura foi total, isso é típico de Brasília. Não consigo entender certas coisas e surge a pergunta: Porque não deram a cobertura decente nos dois eventos? Brasília tem condições e precisa assumir sua responsabilidade, não basta apenas ter o título de Capital do Rock. Não digo que Ultraje a Rigor, entre outras bandas não mereciam o grande destaque que tiveram, até porque o Ultraje faz parte da história do Rock and Roll do Brasil, mas a oportunidade de ter SLIM JIM Phantom, ex baterista do Stray Cats aqui, é raro. Que impressão será que levou SLIM JIM PHANTOM de Brasília???

Detalhe: O Ecade estava presente no evento.

Esse nova-iorquino foi quem difundiu, junto com Brian Setzer e Lee Rocker, o movimento “neo-rockabilly” no começo dos anos 1980. São mas de mais de 25 anos de trabalho e milhões de disco vendidos no mundo inteiro junto ao STRAY CATS. Hoje, alem dos projetos que tem participado como esse que o trouxe a Brasília, comanda um clube noturno em Hollywood, o CAT CLUB.

Mas, voltando ao assunto, uma vergonha esse episódio que vivenciamos em Brasília.
Eu, por exemplo, só fiquei sabendo do show porque recebo a revista on-line da Dynamite.
Na verdade, SORTE MINHA :-)
Duas bandas brasilenses abriram o show, Os Dinamites e Sapatos Bicolores. Excelentes Bandas, mas gostaria de dar destaque aos DINAMITES, que realmente contagiou o público.

9 de julho de 2009

"ESCATO(ECO)LÓGICA - POESIA"

Recebi esse poema hoje e resolvi compartilhar.... muito legal!

Abraços

Adriane

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"ESCATO(ECO)LÓGICA - POESIA"


Por Alguma Razão Qualquer
Abelhas Sugam as Flores.
Que Brotam de Galhos Fracos ou Fortes,
Sustentados Por Troncos Rijos....ou Nem Tanto.
Plantados no Solo Seco, Agreste, Úmido, Arenoso....ou Lodo.

Por Alguma Razão Qualquer
Formigas Cavam Buracos.
em Troncos, em Rochas, no Morro.....ou Num Tijolo.
Dividindo o Espaço, Com Cupins, Lesmas...ou Brotoejas.
Abrindo Canais Que Alimentam de Maneira Descontinua,
O Campo, A Colina, A Montanha....ou A Ravina.

Por Alguma Razão Qualquer
Lobos Caçam em Grupos,
e Tigres São Solitários.
Porcos Chafurdam na Lama,
Salmões Acasalam no Raso.
Ursos Ocupam o Planeta Sem Serem Domesticados,

Por Alguma Razão Qualquer,
Tempestades Refrigeram o Planeta,
Vulcões o Alimentam e Furacões o Lavam.
Os Pólos São Gelados e os Desertos Áridos.
As Florestas Úmidas e Pântanos Alagados.

Sem Qualquer Razão Alguma,
Extinguimos o Tylacino, o Auroque e Agora o Prateado Golfinho.
Queimamos Florestas, Invadimos Oceanos,
Explodimos Cavernas, Mudamos Curso de Rio.

Daqui a Alguns Séculos,
Quando Seres de Outras Paragens
(pois eles existem e virão),
Observarem o Planeta ao Longe;
Outrora Verde Azulado, a Beirão da Extinção.
Tentarão Entender o Ocorrido.
Como Foi Possível Um Sistema,
Tão Perfeito e Complexo Ser Destruído.
Chegarão a Conclusão de Que Foi....
Sem Nenhuma Razão Qualquer.


Cariùá - TaTaRaNa



http://www.cariua.com

2 de julho de 2009

Vocês sabem o que é mutação do gene para o fator 5 de Leiden ?

Também não sabia, até minha mãe ter esse problema e a familia inteira ter que fazer o exame para verificar se era portador.

O fator 5 é um cofator importante na ativação da trombina, portanto, fundamental na formação da rede de fibrina que compõe o coágulo. O fator 5 é ativado a Va que se liga a receptores específicos na superfície de plaquetas; o complexo, junto com o fator Xa, executem a transformação da protrombina em trombina. A trombina é fundamental no processo de ativação da fibrina e posterior formação do coágulo.
A trombina exerce também um papel importante na regulação do processo de coagulação. Combinada com a trombomodulina, presente na superfície da célula endotelial, converte proteína C em Proteína C ativada (Proteína Ca). O cofator proteína S junto com a proteína Ca degrada o fator Va (Fator V de Leiden ativado) e VIIIa limitando a atividade destes dois fatores na cascata, diminuíndo assim a produção de trombina e, consequentemente, a coagulação.
Nos casos em que há mutação no gene do fator 5, a proteína C fica impossibilitada de se ligar e clivar o fator 5 deixando assim de exercer seu papel regulador. Em consequência há aumento da formação de trombina e da coagulação levando a uma chance aumentada de se formar trombos.

Quando é indicado fazer esse exame para verificar se é portador?

Este exame diagnóstico pode ser indicado nos casos de :

Pacientes com trombose venosa
Pacientes com restrição de crescimento intra-uterino, deslocamento da placenta, pré-eclampsia, trombose pós-parto e perdas fetais repetidas
Pacientes com história familiar ou pessoal de tromboembolismo
Pacientes que fazem ou farão uso de pílulas anticoncepcionais
Pacientes em terapia de reposição hormonal para menopausa.

Fonte: Vida Central de Diagnósticos

Baterista original do Stray Cats Toca amanhã em Brasília - OBA!!!!!

















































Slim Jim, baterista original da banda norte-americana de rockabilly Stray Cats, fará uma turnê pelo Brasil no comecinho de julho.

O músico, que se apresenta como Slim Jim Phantom, vem acompanhado pelo guitarrista Jimmy Rip (que já tocou com Mick Jagger, Jerry Lee Lewis e Debbie Harry) e pelo baixista Nixxx (da banda argentina Motorama).

03/07 – BrasíliaLocal: Mercado AlternativoAbertura: Os Dinamites e Sapatos BicoloresHorário: 22hInfo: (61) 3481-8101 - 3425-3300

Biografia “Stray Cats”

O Stray Cats foi criado em 1979 pelos amigos Lee Rocker (baixo), Brian Setzer (guitarra e vocal) e Slim Jim Phantom (bateria) em Nova York. Eles estavam dispostos a reviver a música dos anos 50 e 60 e logo tomaram a decisão de mudar para Londres, onde o Rockabilly começava a renascer. Em apenas três meses na cidade, eles conheceram o produtor Dave Edmunds, que conseguiu um contrato com a Arista Records.

O grupo lançou o primeiro álbum, “Stray Cats”, em 1981, somente na Europa. A música “Runaway Boys” foi o primeiro ‘hit’ e chegou à nova posição das paradas britânicas. Mas foi com “Rock This Town” que o grupo estourou naquele ano. O segundo disco, “Gonna Ball”, saiu no mesmo ano, mas não repetiu o sucesso do primeiro e foi muito criticado pela imprensa. Durante 1982, eles fizeram uma turnê pela Europa e Japão, além de abrir os shows dos Rolling Stones. O grupo decidiu, então, voltar para os Estados Unidos, já que nenhum dos discos saiu por lá.

De volta pra casa, eles fecharam um contrato com a EMI e lançaram, em 1982, “Built for Speed”. O disco era uma compilação das melhores músicas dos dois primeiros. Com os vídeo clipes de “Rock This Town” e “Stray Cat Strut”, as canções chegaram ao Top 10 no país. Eles tocaram em 55 cidades durante os dois meses de turnê. O sucesso foi confirmado com o álbum “Rant ‘N’ Rave”, em 1984, embalado pela faixa “(She’s) Sexy + 17”.

No final daquele ano, o grupo enfrentou conflitos entre os integrantes e decidiu parar. Jim e Lee juntaram-se ao guitarrista Earl Slick e gravaram um disco como Phantom Rocker & Slick. Já Brian, lançou o primeiro disco solo. Dois anos depois, o grupo voltou a ser reunir, mas continuou com os projetos paralelos, o que diminuiu o ritmo do Stray Cats. Em 1986, saiu “Rock Therapy”, uma coletânea de covers de rock. Mais uma parada para outros projetos e três anos depois, foi a vez de “Blast Off!”, que foi seguido por uma turnê.

Fora da EMI, o grupo voltou a trabalhar com Dave Edmunds. Em 1994, eles lançaram “Choo Choo Hot Fish”, que chamou mais atenção que os dois últimos discos. O título foi dado em homenagem a um restaurante perto do estúdio de gravação que eles freqüentavam. No ano seguinte, o grupo lançou o que seria o último disco, “Original Cool”, com regravações dos sucessos do rock. Até hoje eles se reúnem periodicamente para realizar alguns shows, mas sem gravar.


Slim Jim Phantom, nome de batismo James McDonnell ( 20/05/61 ) baterista norte-americano de rockabilly, integrante da banda STRAY CATS. É famoso por tocar bateria de pé, segundo ele, teve essa idéia junto de seus companheiros do Stray Cats para criar algo inovador na banda


A biografia em ingles - fonte site oficial:
Slim Jim Phantom has secured his place as a true rock n roll icon. As the legendary drummer for the Stray Cats Phantom, alongside band mates Brian Setzer and Lee Rocker, spearheaded the neo-rockabilly movement of the early 80s. With a love for 50s rock n roll the Stray Cats took inspiration from the bygone era and mixed with their youthful energy and aggression produced the updated hard-edged rockabilly sound that saw them conquer London, Europe and later the US, gaining fans among the likes of Keith Richards, Mick Jagger and Robert Plant along the way.

Born in the Brooklyn Borough of New York City, Jim grew up listening to his parents’ jazz records and by the age of ten took up the drums. “To be honest I think the drums chose me, I can’t remember ever wanting to do anything else,” remembers Phantom. Immersing himself in the art of drumming and the world of music, Jim took lessons with Mousie Alexander (who played with Benny Goodman) which included the study of jazz and working through books by Jim Chapin and Ted Reed.

By the late 70s Jim was playing in bands with school friend and bassist Lee Rocker and they soon joined forces with guitarist Brian Setzer. The rest as they say is history. During downtime from the Stray Cats Jim has worked with some of the world’s top artists and has played a part in many successful groups; notably “Phantom, Rocker and Slick” featuring guitarist Earl Slick which produced two popular albums, “The Swing Cats” featuring guitar ace Danny B Harvey and “Dead Men Walking” an all-star affair which boasted original members of The Sex Pistols, The Cult and Big Country among the line-up. Jim also enjoyed a stint playing with The Killer, rock n roll originator, Jerry Lee Lewis.

Over 25 years and millions of record sales later and Slim Jim Phantom continues to inspire and excite audiences worldwide. With a sound, style and image that remains as fresh today as it ever was Phantom has cemented his place among rock royalty. Considered by many as the coolest drummer in rock n roll, Phantom’s influence is still clearly felt on today’s music scene with countless rockabilly drummers imitating his pioneering stand-up style.

Between tours Jim can often be found jamming with friends at the world famous “Cat Club” on Hollywood’s Sunset Strip, a nightclub that he owns and runs.
Summer 2008 saw Jim and the Stray Cats return for an extensive tour of Europe. In February 2009 the band head to Australia and New Zealand for the first time in 18 years - a tour eagerly anticipated by Australasian fans.

Jim also divides his time between his own explosive self-named roots-rock trio and “The Head Cat” starring Motorhead’s Lemmy Kilmister and Danny B Harvey. The latter is set to release a new record in 2009 and tours are likely for both bands.

In addition 2009 will see the launch of Slim Jim’s newest musical project “The Forgotten Saints”, a band co-founded with old friends, and former “Dead Men Walking” bandmates, Captain Sensible (The Damned) and Mike Peters (The Alarm). A changing guest role for a fourth band member will complete and add an exciting dimension to an already prodigious line-up. An album of original material penned by the band will be released in 2009 and “The Forgotten Saints” look forward to hitting the road as and when their respective schedules permit.

Bon Jovi grava com cantor exilado do Irã

Hellooooo pessoas...

Muito legal esse video e a iniciativa.

Dri Michels

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O cantor norte-americano Bon Jovi decidiu mostrar solidariedade ao povo iraniano, após a polêmica surgida devido à eleição no país.

Para demonstrar seu apoio, Bon Jovi gravou um cover de “Stand By Me”, de bem E. King, com o cantor Andy Madadian, exilado do Irã.

Na gravação, produzida por Don Was, os dois cantores alternam os idiomas.

Confira no seguinte link: http://www.youtube.com/watch?v=RASKaZFZtS8

Os camponeses, o Partido e a Guerrilha do Araguaia




1 DE JULHO DE 2009 - 16h34

Os camponeses, o Partido e a Guerrilha do Araguaia por Augusto Buonicore*

À Edite, Pedro Carretel, Alfredo, Luís Vieira, Juarez, Jair, Levy, Batista, Luíz Viola, Joaquim e Lourival – camponeses guerrilheiros mortos no Araguaia. Mártires do povo brasileiro.

O povo do Araguaia reunido dia 18 de junho deste

Nestas últimas semanas dois acontecimentos ajudaram a jogar mais luzes sobre o movimento guerrilheiro ocorrido na região do Araguaia entre 1972 e 1974. Um deles foi o julgamento do processo de anistia para os camponeses vitimados pela repressão policial-militar no período. O outro foi a abertura dos arquivos do famigerado major Curió, matéria publicada em “O Estado de São Paulo”.

Pelo menos duas novas informações vieram à tona sob fatos que já tínhamos fortes indícios que teriam ocorrido. A primeira delas diz respeito às execuções dos combatentes aprisionados. Agora temos um número mais exato delas. Foram revelados os nomes de mais 16 guerrilheiros friamente executados depois de terem sido presos e interrogados. Isso elevou o número para 41 pessoas assassinadas daquela maneira. O que não significa que outros tantos guerrilheiros não tenham sido imediatamente executados depois de presos em combate.

Através do Dossiê Curió tivemos maiores detalhes das atrocidades cometidas pelas Forças Armadas, como a cabeça decepada do líder estudantil Antônio Guilherme Ribas. No Araguaia ocorreu uma política de extermínio que lembrou muito o massacre ocorrido na guerra de Canudos. O fato de as informações terem sido dadas por um oficial do exército, diretamente envolvido na repressão, dá a eles um valor especial. Afinal, Curió é agora um réu confesso. Que a justiça brasileira faça a sua parte.

A segunda informação, trazida pelo julgamento e pelo dossiê Curió, se refere ao grau de participação dos camponeses na guerrilha. Desde a divulgação do Relatório de Ângelo Arroyo, sub-comandante da guerrilha que havia escapado do cerco do exército no início de 1974, ficamos sabendo da adesão de onze camponeses à luta armada e o apoio de 90% da população. A visita dos familiares dos guerrilheiros mortos à região em 1979 - e depois as inúmeras matérias jornalísticas e pesquisas acadêmicas – confirmaram a simpatia da população pelos jovens guerrilheiros. Muitos deles, como Osvaldão e Diná, viraram verdadeiras lendas populares.

Contudo, o temor de represálias por parte das Forças Armadas – recém saídas do poder – dificultou muito o desvendamento completo da relação estabelecida entre os camponeses e os guerrilheiros. Somente agora o medo parece se dissipar e a verdade surge com maior vigor.
Os últimos acontecimentos confirmaram o relatório Arroyo. Mais do que isso, eles nos dizem que a adesão dos camponeses foi maior do que se sabia até então. Segundo os documentos de Curió, o PCdoB teria recrutado para guerrilha 20 habitantes locais – e não 11 como se pensava. Segundo o “Estadão” o número de combatentes teria chegado a 98, que contavam com o apoio logístico de outros 158 moradores. Estes recebiam os guerrilheiros em suas casas, alimentava-os, avisava-os sobre a presença de tropas na região, recusavam-se a prestar informações ao Exército e defendiam a guerrilha em locais públicos. Um número menor chegou a fazer trabalho de espionagem, transmitir recados e até mesmo participar de pequenas ações militares.
A maioria desses apoiadores foi presa e barbaramente torturada. Cerca de dez camponeses morreram lutando ao lado da guerrilha – uma grande parte deles aprisionada e executada friamente. Por sinal, o primeiro prisioneiro assassinado pela repressão foi o barqueiro Lourival Paulino e Moura. Ele pertencia, segundo Curió, ao grupo de apoiadores fortes da guerrilha.

Araguaia: um foco?

No final da década de 1970 era predominante a opinião de que a Guerrilha do Araguaia havia sido mais uma tentativa – a última – de se implantar o foquismo no país. Mudava-se apenas o terreno principal no qual se daria a luta. Em vez de ser nas grandes cidades - onde haviam combatido o pessoal da VPR, ALN, MR-8 - a ação passaria a se desenvolver no campo.

A principal argumentação utilizada era que os guerrilheiros no Araguaia não teriam realizado um trabalho político prévio entre os camponeses e, assim, subestimado a necessidade da participação popular no processo revolucionário. Portanto, na prática, não teriam sido as ideias da Guerra Popular, defendidas pelos documentos oficiais do PCdoB, que teriam prevalecido e sim a “teoria” do foco, desenvolvida por Regis Debray. Recentes investigações demonstraram que esses críticos estavam errados. Quer no plano do esquema teórico quer do ponto de vista da prática, o que se tentou realizar no Araguaia foi algo bastante diferente das experiências tipicamente foquistas, como as realizadas pelos grupos armados urbanos e por Che Guevara na Bolívia entre 1966 e 1967. Talvez uma breve comparação entre a estratégia do Araguaia e a da guerrilha boliviana, um paradigma do método foquista numa área rural, possam elucidar as diferenças entre as duas concepções e métodos. Aqui não vai nenhum juízo de valor até porque os dois movimentos revolucionários, apesar de todo o heroísmo de seus participantes, foram derrotados.

O agrupamento guerrilheiro comandado por Che, por exemplo, era composto de muitas pessoas que não conheciam bem o terreno e a população onde atuavam – várias delas nem ao menos eram bolivianas. Uma de suas grandes preocupações era de não serem avistadas pelos moradores locais. Não houve qualquer trabalho social ou político antes - ou mesmo depois - de iniciada a luta armada. Esta começou apenas quatro meses após a sua chegada na área. Por fim, não tinham ligações sólidas com o Partido Comunista ou outra organização política revolucionária que pudesse expandir ou dar repercussão nacional ao movimento. Em certo sentido, a guerrilha substituía o partido.

O PCdoB, dentro da esquerda revolucionária brasileira, foi o maior crítico das teorias e métodos foquistas. No principal documento sobre o problema da luta armada – “Guerra Popular: Caminho da Luta Armada no Brasil” – afirmou: “A teoria do foco conduz à renúncia do trabalho entre as massas e não confia na capacidade desta de assimilar as ideias revolucionárias e de se lançarem à luta (...). A concepção do foco nega a necessidade do Partido e defende que o grupo armado é vanguarda política da revolução”.

Pelo contrário, a teoria da Guerra Popular exigiria “que os combatentes tivessem forjado sólidos vínculos com as massas da região e soubessem formular suas reivindicações, conhecessem perfeitamente o terreno em que fossem atuar e que este, por suas condições geográficas, fosse favorável às forças revolucionárias e desfavorável às do inimigo”. Foi essa – e não outra - concepção que norteou a montagem e o desenvolvimento da Guerrilha do Araguaia.

Os militantes do PCdoB começaram a chegar na região em 1966 – cerca de seis anos antes da eclosão do conflito. Imediatamente foram se integrando à população local, como posseiros, pequenos comerciantes etc. Não procuraram construir uma vida apartada da comunidade onde atuavam. Diante da impossibilidade de desenvolver uma ação abertamente política, realizaram inúmeros trabalhos sociais. Constituíram-se em verdadeiros exemplos para aquele povo. Somente isso explica o carinho depositado neles.

Depois de atacados pelo exército e iniciada a resistência armada – foi disso que se tratou – os guerrilheiros iniciaram um amplo trabalho político. Criaram uma organização de massa e de frente-única: a União pela Liberdade e Democracia do Povo (ULDP). Os seus vinte e sete pontos programáticos tinham em conta as reivindicações mais sentidas da população local. Chegaram a ser constituídos treze núcleos da ULDP com dezenas de participantes. Tentou-se, ainda que com pequeno sucesso, incorporar esses moradores à guerrilha. Portanto, nada estava mais distante de uma política tipicamente foquista que a experiência desenvolvida no Araguaia.

Naqueles anos, a maior influência no interior do PCdoB era o maoismo. A própria opção pelo esquema da Guerra Popular prolongada demonstra isso. Contudo, mesmo em relação às teses chinesas a concepção que norteou a construção da Guerrilha do Araguaia tem uma importante nuance: apesar de afirmar que o terreno principal da revolução brasileira era o interior do país, não apregoou o cerco das cidades pelo campo. Também não houve o abandono do trabalho político nos principais centros urbanos. Nesse período, por exemplo, o Partido passou a ser majoritário no interior da UNE clandestina e organizou a União da Juventude Patriótica (UJP), que chegou a ter cerca de 300 integrantes no Rio de Janeiro. A grande maioria dos militantes do Partido permaneceu nas cidades. Apenas um pequeno número de pessoas – não superior a 20% dos seus efetivos - foi deslocado para o trabalho de preparação da luta armada no campo.

Guerrilhas em tempos sombrios

Por outro lado, não quero dizer que a teoria da Guerra Popular Prolongada, ainda que mitigada, tenha sido a concepção e a forma de luta mais adequadas às condições do Brasil no início da década de 1970. Com toda certeza não foram. O principal erro, talvez, tenha sido absolutizar um modelo de revolução e tentar aplicá-lo em condições muito diferentes de onde havia sido originalmente formulado: China e Vietnã. Estes eram países marcadamente agrários, coloniais (ou semi-coloniais) e tinham parte de seus territórios ocupados militarmente por potências imperialistas. Pelo contrário, na segunda metade da década de 1960, o Brasil já era um país capitalista de médio porte e com uma classe operária numerosa. Chegamos a ser a 8ª potência do mundo e, embora dependentes, estávamos longe da condição de colônia.

Existia, também, uma visão imprecisa sobre a correlação de forças existente no país no início dos anos 1970. Acreditava-se que a ditadura militar era um regime em desagregação e que estávamos às vésperas de uma nova ascensão do movimento democrático e popular. Não se captava as consequências sociais e políticas do chamado Milagre Econômico (1969-1974) e sua capacidade de ganhar amplos setores das camadas médias urbanas – um dos pivôs da crise do regime ocorrida em 1968 – e neutralizar parcelas importantes da própria classe operária. Lula, recentemente, chegou a afirmar que se tivesse havido eleições diretas em 1970, Médici possivelmente teria ganhado com folga. Tese questionável, mas que reflete o espírito de um operário médio paulista naquela época. A dura repressão política e o rápido crescimento econômico (ainda que excludente) criaram uma situação extremamente desfavorável para as forças oposicionistas e, principalmente, para o desenvolvimento da “guerra de guerrilhas”. Entre 1974 e 1975, com o início da crise econômica, a “abertura política”, o crescimento das forças democráticas e populares, especialmente do movimento operário, os comunistas foram obrigados a mudar sua estratégia revolucionária.

O PCdoB, por exemplo, abandonou muitas das ideia presentes no documento “Guerra Popular: caminho da luta armada no Brasil”, rompendo com os modelos rígidos de revolução. A partir de então indicaria a necessidade da combinação dialética entre múltiplas formas de luta (pacíficas e não-pacíficas), que poderiam se dar em diferentes cenários (campo e cidade) dependendo das correlações de forças existentes e das experiências acumuladas pelo povo brasileiro. A revolução, como diria Mariátegui, não seria “decalque nem cópia e sim criação heróica das massas”. A Guerrilha do Araguaia, com seus acertos e erros, decididamente, contribuiu nesse longo processo de aprendizagem.

Veja a matéria sobre o Dossiê do Curió

http://www.aleac.ac.gov.br/aleac/edvaldomagalhaes/index.php?option=com_content&task=view&id=1305&Itemid=2
http://www.estadao.com.br/especiais/com-arquivo-curio-araguaia-ganha-nova-versao,63173.htm

Sobre o julgamento dos camponeses do Araguaia

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=58577

Leia outros artigos do autor:

Em Defesa do Araguaiahttp://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=17243

A Guerrilha do Araguaia renasce a cada diahttp://www.blogger.com/


*Augusto Buonicore, Historiador, mestre em ciência política pela Unicamp